O HOMEM QUE QUERIA PICOLÉ



"Será que aqueles que partem para o além levam consigo suas memórias e desejos, retornando para tentar continuar
sua rotina quando em vida?"


Segundo o relato a seguir, isso realmente pode acontecer!

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Certa vez conversando com um colega de trabalho sobre casos inusitados que acontecem pela vida, ele me contou este fato que aconteceu com ele aos 12 anos de idade, provando que após a morte a vida de certa forma deve continuar em outra dimensão.

O fato ocorreu com Levino. Este é o segundo nome dele, e foi no ano de 1968.
Naquela época Levino vendia picolés para melhorar a renda da família durante as férias escolares.
Uma vez ele me contou que andava de trem sem camisa na cidade de Campos no norte fluminense com um isopor pendurado no braço.
Pois bem, em um certo dia Levino estava com um isopor maior cheio de picolés em uma bicicleta em um campo de futebol de terra, desses de jogar pelada, onde era um descampado grande,
Levino estava na beira de um valão de esgoto, quando de repente pelas 13:00 hs apareceu um vizinho de rua por trás dele.
Apesar dele aparecer subitamente, como ele estava olhando muito tempo para frente, era possível que alguém chegasse por trás sem ele perceber.
Então o homem chegou e disse :

– "Zé (que era o apelido dele)  quais são os picolés que você tem aí"?
- Bem... Seu Aymoré (era o nome do vizinho).... e Levino abriu o isopor e começou a falar os sabores que tinham ali, mas quando ele olhou novamente na direção onde estava o homem, ele havia sumido!


Levino tomou um susto tão grande que se desequilibrou e caiu com a bicicleta e com o isopor de picolés dentro do valão de esgoto perdendo toda a mercadoria e se sujando todo.
Chegando em casa todo sujo, sem dinheiro e sem os picolés, a mãe perguntou o que havia acontecido, e Levino relatou o que ocorreu seguido do susto que tomou, falando com a mãe que não tinha como o seu Aymoré ter corrido e desaparecido pois o descampado era grande.
Chamado de mentiroso pela mãe, ela começou a espancá-lo com um cinto.
Chorando e não entendendo o porque do castigo, Levino perguntou porque estava apanhando, e então sua mãe respondeu que o seu Aymoré havia falecido naquela manhã!

Então ele me afirmou: "Foi verdade. Naquela tarde ele me pediu picolé como sempre fazia quando me encontrava".

 

 

Marcelo Campos - RJ - Brasil
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